sábado, 4 de julho de 2009






OS DESAFIOS DO SAMBA NO GOVERNO VARGAS
Durante a Ditadura do Estado Novo (1937 - 1945), os sinais de alerta estavam ligados contra uma figura símbolo do Rio de Janeiro: o malandro. Por isso, os malandros que cultuavam a ociosidade estavam sendo perseguidos, inclusive nas letras de samba.
Em 1939, a censura intensificou a repressão a chamada “vadiagem”. Ganhado corpo a perseguição a quem exaltasse o não-trabalho. Quem ficou encarregado dessa perseguição foi o DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), que era um órgão governamental responsável por organizar, aprovar e gerir os meios de imprensa do país, ou seja, uma música só poderia ser gravada com a devida aprovação desse órgão.
Um fato interessante era que o presidente Getúlio Vargas acolhia até com simpatia sua identificação popular como um “bom malandro”, aquele que sabe aproveitar as oportunidades. No fundo é claro um reconhecimento de sua inteligência política, ou seja, a imagem de malandro tinha essa ambigüidade era negativa, mas também poderia ser positiva.
Todavia, fazendo propaganda contra essa imagem, Vargas na inauguração do Ministério do Trabalho ganhou a carteira de trabalho número: 01, se transformando no trabalhador número um do Brasil, aquele que não dorme buscando a melhoria do seu povo. E ao mesmo tempo incorporando um papel de antimalandro.
Tudo isso fazia parte de um ideal pratico de propaganda, pois quando ele ia falar começa sempre com a frase: “trabalhadores do Brasil”, incutindo na memória coletiva a questão do trabalho como salvação nacional e como se todos no país fossem trabalhadores!.
Essa política preconceituosa sobrou inclusiva para os sambistas que passaram a ser vigiados. Para isso buscou atrair os compositores para a sua influencia, a fim de tentar incutir nas músicas o culto a trabalhado e o repúdio a ociosidade.
Houve músicos, populares que morderam a isca. Ainda que os interesses fossem em função de uma melhor divulgação de seus “trabalhos”. Mas o fato que se viu foi uma enorme safra de canções, feitas em alusão a labuta diária.
Esporadicamente, um ou outro samba abordava, de forma direta ou indireta, as dificuldades da vida do trabalhador, mas isso era raro, pois todas as músicas tinham que ser aprovadas pelo DIP.
Todavia, tudo que se torna proibido é muito mais gostoso. E apesar da mensagem trabalhista da Ditadura do Estado Novo e o malandro sobreviveu e sobrevive nas letras de samba e no imaginário popular brasileiro como um ser mitológico que ganha a sua vida sem fazer muito esforço.


ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL MENINO JESUS
COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA
PROFESSOR SUBSTITUTO: JOSÉ CUNHA LIMA
ALUNAS: ELISUSE DO NASCIMENTO
FRANCILAIDE DA SILVA

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